quinta-feira, dezembro 07, 2006

Poesia

o Ocidente de um Sentimental

Procuro neste espaço talvez algo de essencial
não o que é, nem o que há-de ser só se e tal
se para tal não ocorrer o eventual

e a esta busca é um destroço de mar sem que o inventar


esqueço talvez por conivente que já não somos iguais
e estas artérias desfio avenidas de inventar
Terna mente esquinas por sem lugar

e a saudade é uma guitarra que cessasse em recomeçar


trato-te por tu, cidade maldita e ratos eventuais
e desembrulho-me sedas que são nas que só
descobrem apenas o que descoberto já está

pois da morte acho uma surpresa de estranhos,
haja ainda que conveniências a respeitar
e a guitarra só não exprime a vontade de se esperar.



despeço-me de ti
chamo-te e acuso de me acusares


Rui Gonçalves Miranda