Poema
A aranha e a teia
Na teia da aranha
Onde ela apanha
O almoço e o jantar
O vento sopra forte
Sem ter a boa sorte
De a teia estragar
Na teia da aranha
Não há nenhuma manha
Que a consiga enganar
Seja mosca ou mosquito
Não dá p’ra ser esquisito
Chegando é p’ra ficar
Na teia da aranha
Que ela desenha
Como se fosse um andar
A dispensa é duradoura
Desde que a vassoura
Não a vá lá desmanchar
A aranha na teia
Faz o seu pé de meia
Para ter o que comer
O que vai sobrando guarda
Embora não use farda
Nem use sequer talher
A aranha na teia
Às vezes vai de boleia
Ao sabor do vendaval
Faz balão da teia sua
Que parece a meia-lua
Pregada num avental
A aranha na teia
Vê tudo o que a rodeia
Qual centro dum enredo
Mas nada pode fazer
Quando as crianças a tremer
A esmagam com o dedo.
Onde ela apanha
O almoço e o jantar
O vento sopra forte
Sem ter a boa sorte
De a teia estragar
Na teia da aranha
Não há nenhuma manha
Que a consiga enganar
Seja mosca ou mosquito
Não dá p’ra ser esquisito
Chegando é p’ra ficar
Na teia da aranha
Que ela desenha
Como se fosse um andar
A dispensa é duradoura
Desde que a vassoura
Não a vá lá desmanchar
A aranha na teia
Faz o seu pé de meia
Para ter o que comer
O que vai sobrando guarda
Embora não use farda
Nem use sequer talher
A aranha na teia
Às vezes vai de boleia
Ao sabor do vendaval
Faz balão da teia sua
Que parece a meia-lua
Pregada num avental
A aranha na teia
Vê tudo o que a rodeia
Qual centro dum enredo
Mas nada pode fazer
Quando as crianças a tremer
A esmagam com o dedo.
João Tavares
<< Home