Poesia
Infócono
Alguém viu a sombra?
Onde a deixei pendurada?
A gravata que não condiz
Com os sapatos
E o dia que se estende
No Planalto Abissínio.
Desfila a auto-estrada
Cónica de murmúrios
Num céu opaco de estrelas pálidas.
As pupilas não saram o verde incessante das árvores
Nas faces mergulhadas
No vazio percepto
De um impulso
Que não cessa de fluir.
Um reflexo sobre a luz
O ângulo da chegada
O chapéu de sol
E o crepúsculo dissolvido
Nos ecrãs dispersos entre si.
Filipe Monval
Alguém viu a sombra?
Onde a deixei pendurada?
A gravata que não condiz
Com os sapatos
E o dia que se estende
No Planalto Abissínio.
Desfila a auto-estrada
Cónica de murmúrios
Num céu opaco de estrelas pálidas.
As pupilas não saram o verde incessante das árvores
Nas faces mergulhadas
No vazio percepto
De um impulso
Que não cessa de fluir.
Um reflexo sobre a luz
O ângulo da chegada
O chapéu de sol
E o crepúsculo dissolvido
Nos ecrãs dispersos entre si.
Filipe Monval
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