domingo, janeiro 07, 2007

Poesia do lugar

NOBRE CIDADE

Chaves, cidade linda e adorada
Que no coração tens tanto a dizer,
Pena é teres estado tão calada
Tantos anos sempre a empobrecer.
Mas quem teve a ideia abençoada
De tratar do comodismo vencer?
Nobre gente, como só aqui há,
Uma nova terra edificará.

Com uma história tão rica e marcante,
Tuas gentes se podem orgulhar
De terem sido uma peça importante
Para o reino se poder conservar
De qualquer invasão beligerante,
Ou meramente para conquistar.
Graças a Deus, tudo foi pelo melhor
Deste país, gozamos seu esplendor.

Antigos monumentos se levantam
Simbolizando dias de glória,
Onde todos os Flavienses proclamam
Momentos memoráveis de vitória,
Sobre os oponentes que aqui passaram
Incluindo os mais terríveis da História
E os próprios turistas ano a ano,
Agradecem a Flávio Vespasiano.

Tamanha fonte de Vida esperança,
Paz, sossego, liberdade, emoção.
As termas foram deixadas de herança,
As águas limpas do Tâmega já lá vão.
Nesta alegre e harmoniosa bonança
E com a gastronomia da região
São fontes do divino progresso,
Que nesta poesia enalteço.

Dos galegos vizinhos e irmãos
Chegam-nos muitas histórias de encantar.
Tamanhas façanhas com as próprias mãos,
Obras que fazem mortos levantar:
Camponeses viúvas e órfãos
Que fazem pelo conforto aumentar.
Assim, já está erguida a “Autovia”,
Coisa que aqui jamais se faria.

Por isso temos que tomar juízo
Que os horizontes são p’ra engrandecer,
Contudo, mais uma vez aviso
Do trabalho necessário a ter:
Terá que estar o povo conciso
Que iremos lutar até morrer:
Reivindicamos maiores facilidades
Mesmo às mais altas autoridades.

José Larouco