Poesia IV
CONFISSÃO
Ontem debrucei-me
sobre o manto das árvores
para escutar as passadas incertas das folhas
e por entre a ramagem do fim do dia
em silêncio
meu coração murmurava palavras desconexas
num impulso começou a contar os instantes do mundo
como um louco vagabundo
dormitando na ausência da razão
rasgava o ar com ponta dos dedos
dizia voar no crepúsculo das nuvens
— rumo ao infinito
E de repente
tombou imóvel
Sob os contornos invisíveis daquele demónio
Que apenas posso soletrar
A—M—O—R.
Reis Neutel
Ontem debrucei-me
sobre o manto das árvores
para escutar as passadas incertas das folhas
e por entre a ramagem do fim do dia
em silêncio
meu coração murmurava palavras desconexas
num impulso começou a contar os instantes do mundo
como um louco vagabundo
dormitando na ausência da razão
rasgava o ar com ponta dos dedos
dizia voar no crepúsculo das nuvens
— rumo ao infinito
E de repente
tombou imóvel
Sob os contornos invisíveis daquele demónio
Que apenas posso soletrar
A—M—O—R.
Reis Neutel
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