Poesia III
SENHORA DA MEMÓRIA
Ajaezada e vencida
Depõe a alma pendões ao vento
Naquele alto morro toma acento
A rústica, alva e pobre ermida
Poisa a mão em ajuste divino
O remorso de antanho, doutro vento.
Ruge o mar seu lamento,
Na penha morre um trágico hino.
A última hora na munda serrania,
Lacera o espaço como o fogo aquece
O puro amor que sempre entontece,
Ante longes d’alma e fins d’agonia.
E os passos brandos d’ Agostinho da Cruz
Ecoam salmos de queixume e lembrança
Desse ermo bravio que exulta e amansa
O pungente martírio de Cristo Jesus.
Leonel Ferreira
Ajaezada e vencida
Depõe a alma pendões ao vento
Naquele alto morro toma acento
A rústica, alva e pobre ermida
Poisa a mão em ajuste divino
O remorso de antanho, doutro vento.
Ruge o mar seu lamento,
Na penha morre um trágico hino.
A última hora na munda serrania,
Lacera o espaço como o fogo aquece
O puro amor que sempre entontece,
Ante longes d’alma e fins d’agonia.
E os passos brandos d’ Agostinho da Cruz
Ecoam salmos de queixume e lembrança
Desse ermo bravio que exulta e amansa
O pungente martírio de Cristo Jesus.
Leonel Ferreira
<< Home